Powered By Blogger

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

FUROR NOTURNO



O trem surge na noite escura.


Vem pelos trilhos umedecidos,


firmes, quase labirinto.


Vem violento, trepidante,


surgindo como um ímpeto.


Rasga a noite densa, madrugada


surda, calada.


Estremeço.


Vem entre vulcões, lavas incandescentes,


matas, ruídos, balouçando ao vento .


Aproxima-se louco, sinto medo,


quase encanto desse furor noturno.


Vem chegando e eu em seus trilhos


Intrépidos,


tépida , louca, quase desmaiando,


sinto chegar seu furor noturno.


Rasga a noite escura,


farol imenso, luz incessante.


Quase por um instante fico muda,


toda estremecida.


E ele vai ao longe, passa,


Passa...


Olho para o céu infinito, puro,


Vejo milhões de estrelas.


Solimel